Estudo
revela gostos da melhor idade
Falar de turismo para a terceira idade poderia
resultar em uma série de afirmações preconceituosas. Já não se pode dizer que o
turista que dobrou a curva dos 50 anos não está interessado em lazer,
badalação, ou mesmo na companhia de visitantes mais jovens. Pelo menos é o que
diz a pesquisa Turismo na melhor idade, projeto de conclusão de curso do
turismólogo Romero Vieira, da Faculdade Frassinetti do Recife (Fafire). Depois
de entrevistar 50 turistas, todos da região Nordeste, entre 55 e 65 anos, ele
chegou a resultados que sinalizam uma mudança no perfil desse viajante, com
dinheiro e disposição de sobra para gastar.
Segundo Romero, 64% tem preferências e motivações
próprias para aventurar-se pelo mundo. Nada de imprecisão quanto ao roteiro,
dúvidas já não fazem parte de suas vidas, sendo que menos 20% desse público
prefere estar na companhia de um guia experiente.
“E não basta ter o título, tem que ser um
estudioso no assunto. Os idosos são exigentes quanto à desenvoltura e os
conhecimentos de quem os acompanha. Sabem logo quando um guia está inventando
algo”
Cerca de 58% dos entrevistados afirmaram querer
entretenimento e lazer durante sua estada em Pernambuco. Isso significa
esbaldar-se em lugares onde se possa dançar e papear, com segurança. Mas cerca
de 24% dos turistas maduros não dispensam lugares que lhe ofereçam conforto.
“Não
poderia ser diferente, pois é o serviço que mais pesa na hora de escolher uma
excursão, viagem ou passeio. Ninguém gosta de viajar em ônibus velho e
desconfortável”
E não pense que a cultura local não faz a cabeça da
melhor idade. Depois das praias, a visita aos centros históricos ficou em
segundo lugar na lista de prioridades, abarcando 28% do universo pesquisado. De
acordo com o estudo, isso ocorre devido às festas e comemorações religiosas,
apreciadas pelo segmento, estarem concentradas ali.
Fonte: Pedro
Diniz para Jornal do Comércio Online
Nenhum comentário:
Postar um comentário