Você sabe
como funciona a prioridade os idosos na justiça?
O direito
das pessoas de 60 anos ou mais de ter um atendimento preferencial na Justiça é
garantido por diversas leis e recomendações, entre elas, o Estatuto do Idoso,
de 2003, e uma lei que alterou o Código de Processo Civil, de 2009.
Sérgio Gabriel, coordenador do núcleo de práticas
jurídicas da Unicsul (Universidade Cruzeiro do Sul), explica que é muito
simples pedir o benefício.
- Basta que o advogado, dentro da
ação judicial, junte uma cópia do RG da pessoa, para provar que ela tem 60 anos
ou mais, e requerer o benefício. Ele não é automático. Se o advogado não fizer
o requerimento, o juiz não vai dar prioridade no atendimento.
Isso pode ser
feito no momento de abertura da ação ou em qualquer etapa dela, já que a pessoa
pode completar 60 anos ao longo do processo.
Segundo o Código
de Processo Civil, depois de autorizada a prioridade, as ações devem receber
“uma identificação própria que evidencie o regime de tramitação prioritária”.
Com isso, em
todos os caminhos da ação pelos órgãos judiciais, ela deverá ir para o topo das
pilhas. Por exemplo, no início dos processos, a petição ajuizada é entregue ao
réu – o que é chamado de citação. Quem faz isso é o oficial de justiça. Tendo
nas mãos a ação de um idoso, ele terá de procurar o réu deste caso antes de
outros que estão na fila. Até a última etapa do processo – ou seja, a mesa do
juiz – os idosos têm a preferência.
O Estatuto do
Idoso (Lei número 10.741) diz que a prioridade não termina com a morte do
beneficiado. Ela também pode ser estendida ao cônjuge ou companheiro, se for
união estável.
A lei de 2009
também inclui no grupo prioritário pessoas com deficiência e pacientes de
doenças graves, como portadores do vírus da Aids, esclerose múltipla e doença
de Parkinson, desde que comprovada por laudo médico.
Fonte: Amanda Polato para o R7.com
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